PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVASPARA O ENSINO DE INGLÊS
O ensino de Inglês que considera e aborda a diversidade de gênero e raça pode mudar realidades.
OBSERVATÓRIO ENSINO
DA LÍNGUA INGLESA
22 nov. 2022
OBSERVATÓRIO ENSINO
DA LÍNGUA INGLESA
22 nov. 2022
Um dos objetivos da educação é promover equidade e inclusão. Será que o ensino da Língua Inglesa pode contribuir para esse objetivo? Como as práticas pedagógicas inclusivas podem ser relevantes?
A inclusão pode ser entendida de diferentes formas. O sentido mais comum é o de atendimento de necessidades especiais. Aqui, consideramos que pedagogias inclusivas se referem a questões sociais, de gênero e raça para contemplar as diversas realidades dos estudantes.
Quer entender como isso pode ser feito no ensino de Inglês? Acompanhe a leitura e confira a importância da inclusão em sala de aula e três exemplos práticos dessa abordagem.
Qual é a importância de uma sala de aula inclusiva?
Cada vez mais se torna uma meta urgente abordar questões sociais, de gênero e raça na sociedade brasileira, especialmente no contexto escolar.
Essas temáticas podem impactar o cotidiano escolar, pois contribuem para a construção de identidades de aprendizes.
Práticas como o letramento racial crítico, por exemplo, podem ser formidáveis para conscientizar sobre as desigualdades e criar espaços de acolhimento para uma inclusão social efetiva.
Quais são as possíveis práticas pedagógicas inclusivas para o ensino de Inglês?
É possível sair do ensino trivial e propor metodologias diferentes? De que maneira docentes podem contribuir para o desenvolvimento de jovens e crianças?
A seguir, você verá três possíveis práticas pedagógicas inclusivas que podem colaborar com os profissionais dessa área, pois partem de um olhar crítico e humanizado.
1. Amplie a representatividade de pessoas negras nas atividades didáticas
Durante a graduação, Marieli Pereira, doutora em Literatura e Cultura pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), já se inquietava com questões étnico-raciais.
A falta de representatividade de pessoas negras no ensino da Língua Inglesa era algo que a incomodava, e tornou-se base para seus métodos disruptivos para lecionar de forma inclusiva.
Já faz uma década que Marieli trabalha questões de letramento racial e de gênero na rede pública de ensino, cujas referências negras vão além do eixo “Inglaterra-EUA”.
Por meio de séries, filmes, músicas e outras mídias, ela cita personalidades negras que inspiram ideias para releituras de pinturas, poesias, e quadrinhos, centradas na cultura afro.
2. Realize oficinas de gênero e sexualidade
Já para Gabriel Mota, professor de Inglês no estado do Amazonas, a sala de aula pode ser um excelente espaço para ampliar a mobilidade social de jovens e crianças, pois reconhece a importância de desenvolver assuntos como a diversidade de gênero e questões raciais, a fim de fomentar reflexões profundas.
Com seus mais de 500 estudantes, ele compartilha conteúdos divertidos e educativos, gerando aulas dinâmicas por meio de jogos, quizzes, literatura, música e assim por diante.
Uma experiência relevante em sua trajetória foi a oficina de gênero e sexualidade, em que conseguiu trabalhar conceitos básicos de Inglês ao abordar Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e outras questões de saúde.
3. Organize eventos
Com a mestranda em Sociologia Délvia Fox, o lema é sensibilizar os estudantes diante de questões humanas e, com isso, cooperar para a construção da cidadania.
Essa prática social é construída a partir dos acontecimentos do mundo, de modo que a Língua Inglesa sirva de ponte para legitimar os grupos invisibilizados.
Atividades como apresentações, debates, oficinas, filmes e outras formas de compartilhar vivências de pessoas negras é um insumo muito importante para a reflexão sobre raça e gênero. E não somente promover eventos em períodos específicos do calendário escolar. Comemorações como o Mês da Consciência Negra, a Década Internacional de Afrodescendentes pela ONU, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha precisam estar incorporadas integralmente em ações e práticas cotidianas do espaço escolar.
Qual iniciativa pode ajudar a ter práticas pedagógicas bem-sucedidas?
Os relatos desses e de outros profissionais da educação fazem parte do Mapeamento de Boas Práticas em Gênero e Raça no Ensino da Língua Inglesa.
É uma iniciativa incrível do Observatório do Ensino da Língua Inglesa e do British Council. O conteúdo traz entrevistas com dez docentes das cinco regiões do país e que utilizam a sala de aula como espaço social.
É um material riquíssimo sobre as experiências de professores e professoras que aplicam práticas pedagógicas inclusivas de maneira lúdica.
Os depoimentos foram coletados entre janeiro e março de 2022 e, além dos relatos, traz análises sobre a educação na pandemia e os desafios no ensino da Língua Inglesa.
Portanto, perceba que é possível aplicar práticas pedagógicas inclusivas e que há exemplos reais de profissionais de educação engajados no tema. Cabe a gestores e docentes se inspirarem em quem faz a diferença nas escolas públicas.
Se você quiser saber mais sobre esse material exclusivo, confira AQUI (ou AQUI) o Mapeamento de Boas Práticas em Gênero e Raça no Ensino da Língua Inglesa.
Temas: Inclusão; Ensino de Línguas; Ensino de Inglês; Diversidade; Gênero e Inclusão Social; Atividades Pedagógicas
Adaptado de: https://www.inglesnasescolas.org/headline/praticas-pedagogicas-inclusivas/. Acesso em: 24 nov. 2022. © 2022 British Council. Observatório Ensino da Língua Inglesa. Todos os direitos reservados.
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