Saturday, February 27, 2021

HYBRID TEACHING - NOVA ESCOLA

“Não tem como implementar
ensino híbrido em aula remota”


Fernando Trevisani, professor e especialista em metodologias ativas, fala tudo que você precisa saber e ninguém te conta sobre os modelos (de atividades no ensino híbrido)

Paula Salas
25 de fevereiro de 2021

Fernando Trevisani desenvolve formações para professores sobre metodologias ativas.
Crédito: Diego Justo (Fotografia/Divulgação)

Falar de ensino híbrido é um assunto polêmico, pois levanta muitas dúvidas e mexe, indiretamente, com diferentes receios. O de retornar às aulas presenciais sem a vacina, das incertezas de como será a nova dinâmica escolar ou mesmo de como preparar as atividades com a turma que não teve acesso aos mesmos conteúdos em 2020 indo de forma escalonada para a escola. Nas discussões sobre a retomada, o ensino híbrido surge como uma possibilidade que pode contribuir com esse processo. No entanto, ainda há muito a ser desmistificado em relação às estratégias deste modelo.

Para entender de fato o que é e não cair em erros comuns, NOVA ESCOLA conversou com Fernando Trevisani, doutorando em metodologias ativas, consultor pedagógico, especialista em Educação inovadora, mestre em Tecnologias Educacionais e Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e organizador do livro Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na Educação.

Em sua teoria, o ensino híbrido é composto por modelos de atividades que integram momentos presenciais e on-line, no qual recursos digitais são utilizados para coletar dados e informações que visam a personalização do ensino. E aqui vale destacar um equívoco comum: não é possível pensar em uma implementação do modelo em uma realidade em que os alunos não estão 100% de forma presencial. “Não tem como implementar ensino híbrido em aula remota, é possível se inspirar nos modelos de ensino híbrido de modo a utilizar ideias deles no ensino remoto, mas implementar nessas realidades conforme foram originalmente pensados, não”, determina o educador. Entenda mais na entrevista na íntegra:

No seu contato com educadores para falar sobre ensino híbrido, deve ter ouvido todo tipo de questionamento ou dúvida sobre essa metodologia. O que você percebe que ainda gera muita dúvida sobre o tema e é necessário desmistificar?
FERNANDO TREVISANI: Hoje, o erro mais comum é considerar o ensino híbrido como a utilização de uma tecnologia digital para lecionar para quem está em casa e para quem está na aula presencial ao mesmo tempo. Os modelos de ensino híbrido pressupõem que existam as aulas presenciais. Se for ainda ensino remoto, a gente não pode falar de ensino híbrido. Há uma divulgação equivocada de que, por exemplo, simplesmente utilizar uma câmera em sala para transmitir a aula presencial para quem está em casa é ensino híbrido, e não é. Quando se descobre que o ensino híbrido não é transmissão de aula, há um leque de possibilidades. Também é comum esquecer que o ensino híbrido pressupõe coleta e análise de dados para personalização do ensino, uma das premissas do modelo.

Há questionamentos dos professores sobre a aplicabilidade do ensino híbrido na realidade da escola pública, uma vez que a realidade costuma implicar dificuldade de acesso à equipamentos digitais e internet na escola e também entre os alunos, em suas casas. Sabemos que é possível pensar em recursos on-line e off-line para alcançar a personalização do ensino híbrido. O que você identifica que são os pré-requisitos mínimos ou os materiais essenciais que o professor precisa ter acesso para conseguir se adequar ao ensino híbrido?
Existem contextos tão distintos que é difícil generalizar e dizer quais as ações que devem ser tomadas para garantir que o ensino híbrido seja implementado [mesmo que de forma adaptada]. Nesse sentido, o único pré-requisito que vejo e que pode ser generalizado é que o professor conheça bem o que é ensino híbrido, quais são seus modelos e como aplicá-los em sala de aula. Já vi [o ensino híbrido] sendo feito com recursos que precisam da internet, com recursos off-line que carregam dados quando estiver conectado à internet e até mesmo com WhatsApp. Também já presenciei o ensino híbrido sendo aplicado com recursos que permitem que o professor colete dados off-line, possibilitando a análise e a personalização posterior. O professor precisa se adequar à realidade que ele tem, o que não quer dizer que deve deixar de exigir melhorias, mas, enquanto ele faz isso, precisa buscar dentro das suas condições fazer o melhor possível para desenvolver aulas que visam a personalização do ensino caso queira implementar o ensino híbrido. Não falo de requisitos mínimos, mas em ver o que podemos fazer frente a nossa realidade considerando os modelos do ensino híbrido.

Sabemos que a escolha do modelo depende de cada realidade da turma, mas na sua experiência, quais são os modelos de ensino híbrido que mais se adequam à realidade da escola pública?
Não dá para falar num modelo único. Para todas as realidades brasileiras, os modelos sustentados [Sala de aula invertida, Laboratório rotacional e Rotação por estações] são os recomendados para que os professores comecem esse trabalho porque eles mantêm algumas das características já conhecidas da escola, como a divisão por salas, turmas e a abordagem curricular. A sala de aula invertida, por exemplo, pode ser o mais fácil para começar, porque o conteúdo é selecionado pelo professor antes, que faz a curadoria dos materiais e entrega para que o aluno estude em casa por meio de vídeos, textos ou qualquer outro recurso que ele consiga ter acesso e que seja de qualidade. Já durante a aula presencial, o professor utiliza atividades para construir o conceito considerando o que foi estudado anteriormente. A sala de aula invertida é um modelo com muitas possibilidades. Os alunos vão ter acesso ao conteúdo antes? Como o professor vai coletar os dados para personalizar o ensino? Será preciso ter atividades impressas? O que será feito durante a aula presencial? Não há uma resposta fechada, tem uma variedade de realidades e ideias que podem ser exploradas.

Qual é a sua opinião sobre a aplicação do ensino híbrido com os pequenos na Educação Infantil?
O foco que a Base Nacional Comum Curricular traz é que a etapa tenha um aspecto mais lúdico, voltado para a brincadeira, que a criança desenvolva as aprendizagens pela descoberta, pela experimentação e exploração. Dessa forma, a avaliação ganha um sentido diferente, único para essa fase, e o acompanhamento das aprendizagens pode ser feito de outras formas quando comparado com os outros segmentos. Como o ensino híbrido visa a coleta de dados pelo professor para a personalização do ensino, seus modelos podem nem sempre se encaixar nessa fase. Além disso, as crianças têm pouca autonomia, o que demanda mais mediação da família em tempos de ensino remoto para a realização das atividades propostas. Em um ensino em que as crianças estão voltando para a escola aos poucos, vai demandar bastante ação do professor para mediar esse acesso à tecnologia – que nem todos os alunos têm acesso. Talvez existam outras formas de desenvolver as aprendizagens características dessa fase e que sejam mais eficazes sem necessitar de uma tecnologia digital. Quem conseguirá decidir isso será o professor, considerando sempre os objetivos da aula.

Qual orientação que você daria para os gestores escolares considerando que eles terão a missão de apoiar os seus professores no desafio de se adaptar ao modelo?
Uma coisa importante é que os gestores garantam a formação continuada e promovam ações para elucidar os conceitos do ensino híbrido, inclusive buscando ajuda externa caso necessário ou indicando possibilidades de formação docente que façam sentido para as práticas que a escola deseja desenvolver. Uma vez feito isso, o gestor não pode deixar de acompanhar os professores na prática docente nos momentos de implementação de aulas no modelo de ensino híbrido. É preciso promover espaços e encontros entre os docentes para a troca de práticas. Os coordenadores e diretores devem garantir apoio de forma geral: caminhos para se adaptar à infraestrutura bem como melhorias nesse sentido (se necessário), disponibilização de recursos, organização de horários para a utilização de diferentes espaços. Será preciso estar aberto ao diálogo caso haja necessidade do professor, ouvi-lo e auxiliá-lo a pensar em novas formas e métodos de colocar o ensino em prática.

Considerando o espaço da formação continuada dos professores na escola, existem temas ou dinâmicas que você acha que seriam úteis para os gestores levarem em consideração durante este período?
Quando a formação é presencial, a minha opção sempre é fazer utilizando o próprio modelo. Se vou ensinar o modelo de rotação por estações, vale montar uma formação em que os professores vão aplicar o modelo, para que entendam na prática como isso funciona. Atualmente isso fica difícil, pois estamos em um processo de retorno ao presencial, mas ainda precisamos manter certo distanciamento, porém pensar nesse sentido é uma dica que dou para as escolas que já precisaram voltar presencialmente, ou para gestores que estão planejando o retorno dos professores e pensando em futuras formações. Claro que os gestores devem considerar outros fatores, como, por exemplo, a infraestrutura para realizar as formações, o público-alvo e o tempo de formação. Este último, por exemplo, pode inviabilizar uma estratégia diferente por parte do formador se for muito curto. Cada estratégia deve ser pensada considerando as especificidades do contexto.

Hoje uma das principais buscas entre os professores da Educação Básica, independente da etapa de ensino, é entender mais ensino híbrido e como traduzi-lo para sua realidade. Imaginando que é a primeira vez que o educador está planejando ou executando uma atividade dentro do modelo, o que ele precisa ter em mente?
Primeiro é saber o que o modelo pressupõe, quais as características principais, o que o ensino híbrido traz de pontos que podem auxiliá-lo na prática e de acordo com a realidade dele. O passo seguinte é mapear o que será necessário para que a aula ocorra dentro desse modelo. Por exemplo, na sala de aula invertida exige que o professor faça uma curadoria de materiais antes da aula para que os alunos tenham tempo hábil para estudar o que foi selecionado (filmes, podcasts, material em PDF, etc) e que eles produzam uma tarefa em casa. Para elaborar a aula presencial, ele deve se inspirar nessas produções dos alunos para desenvolver o conteúdo principal da aula, inclusive usando outras dinâmicas diferentes da aula expositiva, caso queira.
Para cada modelo de aula, o professor precisa ter em mente as características específicas do modelo escolhido para conseguir dar conta minimamente da implementação dele. No laboratório rotacional, por exemplo, os alunos são divididos em dois grupos. Um deles fica com o professor e o outro utiliza uma tecnologia digital em algum espaço da escola para aprender um conteúdo específico de maneira autônoma, depois, as turmas invertem as atividades e os espaços após determinado tempo. Dentro desse modelo, o professor precisa saber que ele vai ter que pensar uma atividade para que os alunos realizem de forma autônoma e uma segunda atividade, em que a aprendizagem acontece na companhia do professor.
Dentro do modelo de rotação por estações, é muito comum utilizarem atividades que dependam uma das outras para montar as estações. A dica aqui é que as atividades têm que ser independentes. Se as atividades exigirem uma correção da produção do em todas as estações, vai se tornar inviável para a rotina docente, pois normalmente os professores do Brasil possuem uma carga de trabalho alta. O ensino híbrido deve ajudar o docente nesse sentido, facilitando a aprendizagem dos alunos, e não o contrário. Por isso, o professor deve decidir em quais momentos pedirá a entrega de materiais para compor a avaliação. Uma dica é pensar em quais atividades terão o propósito de diagnosticar o que os alunos sabem e a partir dela planejar a personalização do ensino no decorrer da sequência de aulas. Outra coisa é que, quando estiverem montando atividades, devem lembrar-se que elas são para o aluno. Portanto, as propostas devem ser atraentes e fazer sentido para eles, e não para nós, docentes. Um vídeo que um professor acha muito bom, pode não ser tão atraente para os alunos por conta da linguagem, por exemplo, então outra dica é sempre lembrar do aluno ao planejar tarefas e que é ele quem vai fazer essas atividades.

Por ser algo novo para os educadores, ainda há muitas dúvidas e inseguranças sobre o ensino híbrido. Qual é o conselho que você daria aos colegas professores para ganhar confiança nesse tema?
Para quem está começando, de forma geral, diria para estudar bem o modelo que optou trabalhar e planejar atividades bem simples para que você sinta como os alunos aprendem dentro dessa dinâmica. É preciso entender o conceito de ensino híbrido e o que propõem cada um dos modelos. A sugestão é começar com materiais simples, que já conhece, para implementar e inovar aos poucos nos recursos e estratégias em sala de aula. Mas, desde o início, é importante usar os dados coletados como parte da avaliação das aprendizagens, modificando as aulas de sua sequência de aulas. Por fim, um bom caminho é explicar a dinâmica das aulas antes para que os alunos saibam o que é esperado deles. É válido que o professor questione o que eles acharam das atividades para reconhecer os elementos que chamam atenção dos estudantes e poder trabalhar com eles nas atividades futuras.

Friday, February 26, 2021

CMSP - ENGLISH - EF

ENGLISH LESSONS - CMSP - EF
March 2, 2021



Neste LINK (acesso exclusivo pelo e-mail institucional do Google), encontram-se os slides das aulas de Língua Inglesa do Centro de Mídias da próxima terça-feira, dia 02 de março de 2021, referentes aos anos finais do Ensino Fundamental. Os materiais também podem ser encontrados na aba repositório do site do CMSP. Lembrando que os vídeos das aulas estarão disponíveis somente depois de sua exibição.

BLENDED LEARNING

BLENDED LEARNING MODELS


Blended learning can be implemented in many unique ways, generally using a combination of one or more of the following models.



Station Rotation


The Station Rotation model allows students to rotate through stations on a fixed schedule, where at least one of the stations is an online learning station. This model is most common in elementary schools because teachers are already familiar rotating in “centers” or stations.


Lab Rotation



The Lab Rotation model, like a Station Rotation, allows students to rotate through stations on a fixed schedule. However, in this case, online learning occurs in a dedicated computer lab. This model allows for flexible scheduling arrangements with teachers and other paraprofessionals, and enables schools to make use of existing computer labs.


Individual Rotation


The Individual Rotation model allows students to rotate through stations, but on individual schedules set by a teacher or software algorithm. Unlike other rotation models, students do not necessarily rotate to every station; they rotate only to the activities scheduled on their playlists.


Flipped Classroom


The Flipped Classroom model flips the traditional relationship between class time and homework. Students learn at home via online coursework and lectures, and teachers use class time for teacher-guided practice or projects. This model enables teachers to use class time for more than delivering traditional lectures.


Flex


The Flex model lets students move on fluid schedules among learning activities according to their needs. Online learning is the backbone of student learning in a Flex model. Teachers provide support and instruction on a flexible, as-needed basis while students work through course curriculum and content. This model can give students a high degree of control over their learning.


A La Carte


The A La Carte model enables students to take an online course with an online teacher of record, in addition to other face-to-face courses, which often provides students with more flexibility over their schedules. A La Carte courses can be a great option when schools can’t provide particular learning opportunities, such as an Advanced Placement or elective course, making it one of the more popular models in blended high schools.


Enriched Virtual


The Enriched Virtual model is an alternative to full-time online school that allows students to complete the majority of coursework online at home or outside of school, but attend school for required face-to-face learning sessions with a teacher. Unlike the Flipped Classroom, Enriched Virtual programs usually don’t require daily school attendance; some programs may only require twice-weekly attendance, for example.


Adapted from: http://www.blendedlearning.org/models/#ind. Accessed on February 26, 2021.

BLENDED LEARNING - NOVA ESCOLA

ENSINO HÍBRIDO:
é possível fazer sem internet e poucos recursos?


Entenda como aplicar metodologia com baixa tecnologia e conectividade limitada a partir de exemplos práticos

Ana Paula Bimbati
21.jan.2021


O ensino híbrido é uma das apostas para driblar os obstáculos impostos por um biênio escolar atingido pela pandemia. O Instituto Clayton Christensen, uma das referências no tema nos Estados Unidos, define o ensino híbrido como “um programa de Educação formal no qual um aluno aprende uma parte por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo”, enquanto a outra parte do aprendizado acontece por meio do espaço físico da escola.

Quando se fala em ensino híbrido, Fernando Trevisani, pesquisador e professor da pós-graduação em Metodologias Ativas do Instituto Singularidades, explica que o online do modelo se refere ao uso de tecnologias digitais para a coleta e análise de informações pelo professor para promover a personalização do ensino. Levando em consideração a realidade das escolas públicas brasileiras, que têm pouco acesso à internet e escassos recursos tecnológicos, fica a dúvida: dá para implementar ensino híbrido sem internet? “Sim! É possível utilizar recursos que coletem esses dados sem a necessidade de internet e de forma que o professor consiga analisar a produção dos alunos visando a personalização do ensino”, explica Fernando.

Como um professor implementou ensino híbrido com pouca conectividade

Antes mesmo da pandemia do coronavírus se instaurar no Brasil e no mundo, o professor de História Ailton Luiz Camargo, da Escola Municipal Zilma Thibes Mello, em Iperó (SP), já experimentava a metodologia de ensino híbrido com a sua turma do Fundamental 2. “No começo das minhas experimentações, a gente tinha um laboratório com internet, mas com o tempo nós perdemos esses aparelhos e eu fui me adaptando a essa nova realidade”, relembra.

Um caminho indicado por Débora Garofalo, gestora de tecnologia e inovação na Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e professora com trabalhos renomados de robótica com sucata, é o método byod (bring your own device, em tradução para o português traga o seu próprio aparelho) como uma das possibilidades. Ailton já é adepto do movimento. Em alguns momentos, o professor de História levou seu próprio notebook para usar com o wi-fi da escola e também usou os celulares dos alunos para colaborar com a atividade. Além disso, ele já distribuiu pen drives para os alunos com formulários e tabelas em arquivo de Word para que eles pudessem preencher em casa.

Uma das atividades que Ailton desenvolveu com os alunos com baixa tecnologia foi um projeto sobre violência. “A partir da avaliação diagnóstica no início do ano de 2019 e observação das brincadeiras entre eles, percebi que eram muito violentos. Então desenvolvi atividades relacionadas e uma delas era no modelo de rotação por estação”, conta. A ideia era que cada estação tivesse um meio de comunicação retratando o tema. O professor organizou uma estação com fotografias, outra com recortes de jornal, uma com textos que contextualizavam o assunto e a quarta com seu notebook exibia o clipe da música “Eu só quero é ser feliz”, um rap dos anos 1990, que tem como tema a violência e falta de tranquilidade das favelas brasileiras.

Os alunos precisavam responder em uma folha, dada previamente, como enxergavam a violência sendo retratada em cada meio de comunicação que analisaram e discutiram ao rotacionar pelas estações. A partir dos dados obtidos com o desenvolvimento da aula, Ailton personalizou as atividades seguintes do projeto. “Pensando no atual contexto, é possível enviar pelo WhatsApp, que não gasta tanta internet, ou até mesmo por pen drive para os alunos”, sugere.

Para levar em conta na hora de planejar o ensino híbrido na escola pública

1. Professor passa a colocar o aluno no centro
Débora explica que mais do que ter ou não uma conectividade para implementação do ensino híbrido, é essencial que o professor passe a colocar o aluno no centro e esteja no papel de mediação da aprendizagem. “Só ter internet não garante esse protagonismo do estudante”, pontua

2. Entenda a realidade do aluno
Muitas redes de ensino e escolas já fizeram um mapeamento desde o início da pandemia sobre a realidade e acesso de cada aluno. Levantamentos como esse sobre a turma são úteis para que as estratégias sejam coerentes com os recursos disponíveis. “Fazer um balanço do que deu certo e não deu também ajuda no planejamento”, sugere Débora.

3. Falta de internet não é único entrave
Como a diversidade de realidade das escolas públicas brasileiras é grande, Harley Sato, professor de Física no Ensino Médio e doutorando em formação de professores na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), alerta para o desafio além da internet. “O gargalo não está só na conexão, mas na dificuldade de acesso à aparelhos pelos aluno. Muitos não têm notebook, ou usam o celular emprestado dos pais e irmãos”.

4. Criatividade e empenho não exime responsabilidade dos governos
Com o avanço da pandemia, professores e gestores se reinventaram cada dia mais para garantir a aprendizagem de seus alunos. Mas, além da criatividade de quem está no chão da sala de aula, especialistas alertam que as secretarias de Educação necessitam desenhar estratégias de políticas públicas educacionais que dialoguem com os desafios do momento. “O empenho do professor não exime o papel dos governos de fazer uma formação efetiva para que os professores se sintam mais preparados, por exemplo”, indica Débora.


Com ou sem internet, o foco do ensino híbrido é na personalização do ensino. Por isso, Fernando explica que “qualquer prática que não utilize uma tecnologia digital com o objetivo de coletar dados para promover a personalização não pode ser considerada ensino híbrido”. Mas o que significa personalizar o ensino? Débora conta que a metodologia se refere a respeitar os ritmos de aprendizagem e a potencializar as habilidades que cada aluno têm. Para salas com mais de 40 ou 50 estudantes, a prática enfrenta mais dificuldades, já que a análise dos dados para personalização leva mais tempo.

Formação de professores é essencial nesse processo!

Com a falta de recursos e baixa internet, ampliar a formação de professores é um dos pontos importantes para a implementação do ensino híbrido. Para isso, Débora Garofalo sugere que as redes de ensino considerem as necessidades dos educadores dentro do tema. Uma dica prática é levar para as formações uma experiência real de ensino híbrido. “Vivendo na prática o modelo [homologia de processos], o professor pode entender como funciona e saber que consegue aplicar com sua turma”.


Mais dicas práticas para pouca internet ou baixa tecnologia

Ailton também indica práticas criativas de ensino híbrido sem uso da internet, como usar o PPT (slides) para criação de jogos. Vale também usar equipamentos como televisão, projetor, câmeras fotográficas e celulares, ou ferramentas como o pacote office ou Google Drive. Débora sugere que os professores invistam também na cultura maker, sala de aula invertida (usando os materiais citados acima) e no método byod. Para isso, é importante conhecer o acesso e dispositivos de seus alunos para entender programas que não necessitam de internet ou que funcionam com baixa velocidade. “Utilizar o que tem em mãos e disponível na realidade de cada professor traz inúmeras possibilidades”, afirma. No site de NOVA ESCOLA, Débora compartilhou sua experiência sobre o Scratch, uma forma de ensinar programação para seus alunos e de maneira off-line. Confira aqui.

BLENDED LEARNING - NOVA ESCOLA

ENSINO HÍBRIDO:
quais são os modelos possíveis?


Conheça os modelos e as heranças da pandemia para o ensino híbrido no retorno presencial das atividades escolares.

Camila Cecílio
09.set.2020


Carteiras e corredores vazios, portões das escolas fechados, alunos e professores em casa. Depois de cerca de seis meses vivenciando a realidade do ensino remoto, o Brasil ensaia voltar para as salas de aula nos próximos meses. Mas o retorno deve ser gradual e híbrido. É provável que as escolas tenham que lidar por um período de tempo com parte dos alunos em casa e parte presencialmente nas escolas. O plano de retorno da rede estadual de São Paulo, por exemplo, prevê que as escolas que estão retomando as atividades em setembro recebam, no máximo, 20% dos alunos por dia. Mesmo quando todos estiverem de volta, o apoio da tecnologia pode permanecer como uma herança da quarentena – seja para reforçar e complementar as aprendizagens no contraturno em casa ou para inovar na forma como os professores dão suas aulas.

“A pandemia nos deu, como educadores, a oportunidade de olhar de forma cuidadosa e perceber que temos muito potencial, que somos capazes de nos reinventar”, diz Aline Soares, professora do Ensino Fundamental 1 e coautora do capítulo sobre avaliação no livro Ensino Híbrido: Personalização e tecnologia na Educação (versão em PDF - CLIQUE AQUI). “Muitas pessoas acreditam que para trabalhar com ensino híbrido é preciso ter os melhores recursos, mas com acesso à internet, conhecendo e criando boas propostas, é possível. A pandemia mostrou que todo professor é criador de conteúdo”.

Para Fernando Mello Trevisani, que é pesquisador, consultor educacional e professor da pós-graduação em Metodologias Ativas do Instituto Singularidades, o ensino híbrido proporciona um modo de trabalho interessante para o professor e para os alunos. Um dos benefícios é a possibilidade do docente dedicar mais tempo às dúvidas e ao acompanhamento mais próximo e individual dos alunos na aprendizagem. Com o apoio da tecnologia, o professor também consegue visualizar, coletar e analisar dados sobre as aprendizagens dos alunos de forma mais simples e precisa. “Com isso, fica mais fácil fazer as implementações e as modificações rumo à personalização do ensino, que é um dos objetivos também do ensino híbrido”, explica.

O que é o ensino híbrido?

Ensino híbrido é “um programa de Educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência”. A definição é do Clayton Christensen Institute, dos Estados Unidos. O modelo, portanto:
•  mescla estratégias de ensino off-line com estratégias digitais;
•  possibilita personalizar o ensino para atender melhor às necessidades de aprendizagem dos estudantes;
•  coloca o aluno como protagonista da sua aprendizagem;
•  transforma o papel do professor de transmissor para mediador do conhecimento
É preciso tomar cuidado para não confundir o ensino híbrido com outros modelos educacionais. “Temos escutado em alguns lugares a definição do ensino híbrido como sendo a transmissão online de aulas ao vivo, mas isso é a definição de aula síncrona transmitida ao vivo”, atenta Lilian Bacich, diretora da Tríade Educacional e co-autora do livro Ensino Híbrido: Personalização e tecnologia na Educação. “No híbrido, temos o que é para ser aprendido no presencial e o que é para ser aprendido no virtual e você conecta essas duas aprendizagens”. A sala de aula invertida, o laboratório rotacional e a rotação por estações são alguns exemplos de modelos híbridos.


Fernando argumenta que, apesar dos obstáculos, dá para aplicar ensino híbrido em diversas realidades e escolas do Brasil, inclusive em escolas públicas com poucas tecnologias. “É importante ressaltar que o modelo não pressupõe o uso de um dispositivo digital por aluno”, aponta Fernando. “O que é necessário é que o professor tenha um planejamento adequado, que faça sentido para o que ele quer ensinar, que tenha uma intencionalidade pedagógica”. Entre os modelos híbridos possíveis, há aqueles que se apoiam no formato tradicional da sala de aula (como a sala de aula invertida e o laboratório rotacional, que são chamados de modelos sustentados) e aqueles que rompem completamente com o tradicional (os chamados modelos disruptivos).

Da sala de aula invertida ao flex: o que é o quê

O especialista do Singularidades afirma que é possível aplicar qualquer modelo de ensino híbrido no Brasil. “Porém, é indicado começar pelos modelos sustentados, que fazem menos modificações e já conseguem estar incorporados mais facilmente na prática do professor e na realidade escolar vigente”, recomenda Fernando. Lilian Bacich concorda, mas diz que o cenário de retorno presencial parcial pode exigir modelos mais disruptivos pela distância. “Antes da pandemia, defendíamos muito que, no Brasil, os modelos rotacionais eram os mais adequados para a nossa realidade: rotação por estação, sala de aula invertida e laboratório rotacional”, explica. No entanto, diante do atual contexto, considera-se outros modelos, como o flex, o a la carte e o virtual aprimorado (ou virtual enriquecido), em que o fio condutor da aprendizagem é o online. Lilian ressalta que, nesses casos, não é necessário que os alunos estudem as mesmas coisas ao mesmo tempo, já que ele flexibiliza a aprendizagem. Conheça abaixo os diferentes modelos de ensino híbrido:

MODELOS SUSTENTADOS

Sala de aula invertida
Consiste no envio prévio do material da aula para os alunos em casa, podendo este material ser um vídeo ou outro formato de conteúdo que explique o tema que será abordado em sala. “Assim, quando eles vão para o encontro com o professor, já vão munidos de muitas informações”, explica a professora Aline. Há uma inversão do que acontece, portanto, em sala e em casa: os alunos consumem a explicação do conteúdo sozinhos e usam o espaço coletivo escolar e a presença do professor para tirar fazer resolução de atividades e aplicações práticas do conhecimento e tirar dúvidas.

Laboratório rotacional
Neste modelo os alunos são divididos em dois grupos, um trabalha no laboratório com uma lista de atividades para realizar com apoio da tecnologia digital, enquanto o outro trabalha na sala de aula com o professor. Enquanto o primeiro grupo atua de forma autônoma, o professor pode fazer as intervenções mais diretas com a segunda metade da turma, trabalhando conceitos e solucionando dúvidas dos estudantes.

Rotação por estações
O modelo consiste em organizar a sala por grupos (estações de aprendizagem) para desenvolver atividades com objetivos de aprendizagens diferentes, mas complementares. Os alunos se revezam nas estações de aprendizagem, enquanto o professor atua como um mediador e intervém nos grupos que mais precisam de auxílio – o que personaliza o ensino e dá autonomia e protagonismo para os alunos construírem suas aprendizagens. 

MODELOS DISRUPTIVOS

Rotação individual
Os percursos são voltados para as necessidades individuais dos estudantes. “É um modelo do ensino híbrido onde a personalização realmente acontece”, diz Aline. “O professor precisa estar atento às necessidades dos estudantes, planejando roteiros mais individualizados, para que as possíveis dificuldades sejam sanadas. Cabe ao professor propor as melhores situações de aprendizagem”. Isto não significa, no entanto, que o professor necessita propor um roteiro para cada aluno. “Significa que ele produzirá diferentes atividades, algumas para alunos com perfis e necessidades mais parecidas. Ele buscará os melhores recursos, online, por exemplo, para propor situações de aprendizagem para alguns alunos ou grupo”, detalha a educadora. O modelo pode se encaixar na realidade de muitas escolas que receberão alunos com variados níveis de aprendizagem.

Flex
É o mais usual nas escolas durante a pandemia. O aluno tem alguns roteiros que são entregues via plataforma digital, no qual realiza as atividades propostas em parte do tempo, com o professor por perto, como um tutor, e em outros momentos pode trabalhar em projetos com outros alunos ou fazer algo mais relacionado a uma atividade física. Aqui, é possível intercalar ações individuais e coletivas online.

À la carte
É muito comum no Ensino Médio em países em que a ideia do ensino personalizado é mais difundida, como nos Estados Unidos, segundo Lilian Bacich. No modelo, o estudante é responsável pela organização do seu estudo a partir de objetivos gerais de aprendizagem a atingir. As disciplinas podem ser eletivas e combinar, por exemplo, com os itinerários formativos escolhidos pelos estudantes. Nesse modelo, pelo menos uma disciplina é ofertada online, além das tradicionais da escola, e pode ser realizada no momento e local mais adequado para o estudante.

Virtual aprimorado
O aluno tem todas as disciplinas ofertadas online e vai para a escola uma ou duas vezes por semana para realizar projetos, debates e discutir o que foi estudado online. Além disso, o presencial é utilizado como acompanhamento de como estão caminhando as aprendizagens.

É preciso olhar para frente

Neste ano em que o mundo parou por conta de uma pandemia, diversas reflexões surgiram na Educação e, como todo período desafiador, deixará algumas lições. “Que a gente saia da pandemia olhando para a frente e não para trás”, diz Lilian Bacich. Como uma das lições, a especialista ressalta a importância de olhar para um modelo de ensino que ajude o estudante a desenvolver o protagonismo e a autonomia, e a realmente ser um sujeito do seu conhecimento. Para Fernando Trevisani, o ensino remoto também fortaleceu a importância da autonomia dos alunos com relação ao próprio aprendizado. “Mostrou que o papel e as ações de cada um deles é essencial para que construam conceitos e trilhem caminhos de aprendizagem mais independentes rumo a construção do conhecimento”.

Para saber mais: Para entender o ensino híbrido em 14 perguntas (Paula Silas, Nova Escola, 17.nov.2020)

Adaptado de: https://novaescola.org.br/conteudo/19715/ensino-hibrido-quais-sao-os-modelos-possiveis. Acesso em: 26.fev.2021.

Thursday, February 25, 2021

HYBRID LEARNING

What is Hybrid Learning?

February 9, 2021


What is hybrid learning? A good working definition is that hybrid learning is synchronous learning that teaches both in-person and online learners simultaneously. Therefore, it is part of blended learning but a specific example of how EdTech is used in lessons. However, there are a surprising number of competing definitions even from very reputable sources. In the end, it’s about finding a workable definition that makes teaching and learning more flexible in the future.
Read on for more on hybrid learning and its role in the future of education.


What is hybrid learning exactly? As a new term in education, it should come as no surprise that there is no clear definition. The term is thrown around a lot, however, so clearly it is significant to teachers and learners in an evolving field. But there are still so many unanswered questions.
Is hybrid learning blended learning? If yes, why use both terms? If no, how are they different? And how many competing definitions of hybrid learning are there? It’s still so new that even there is very little consensus even among experts.
After much research and deliberation, however, we have found a workable definition for hybrid learning and how it is distinct from blended learning. But first…

What Is Blended Learning?

Blended learning is any combination of traditional analog education with modern digital technologies. At its broadest, blended learning describes the introduction of computer labs, interactive whiteboards, and educational software to the learning process. Mostly, however, blended learning is used to refer to the more recent practice of including online self-study to supplement in-class lessons.
Though hybrid learning is often treated as a synonym for blended learning, this is not the case at all.


What Is Hybrid Learning?

Hybrid learning implements synchronous lessons taught simultaneously in-person and online. It is a type of blended learning that focuses more on bridging the physical classroom and virtual learning spaces closer together into a more complete education. Put another way, hybrid learning is a form of synchronous learning that happens both physically and remotely.
However, an exact definition of hybrid learning still varies based on the source.

Other Definitions of Hybrid Learning

Since hybrid learning is a relatively new term, there is still very little consensus when we ask “What is hybrid learning?” As such, it can be very confusing locking down what individuals or institutions mean with the term.
So, while we have defined what hybrid learning is to ViewSonic, here are a few other interpretations in common use by reputable sources.

In-Person and Online

One common phrase that comes up is that hybrid learning “overlaps” with blended learning. This means that while they are two separate things, they are still distinct methodologies. The main difference between the two, in this case, is that hybrid learning focuses on both in-person and online learning, often with no preference for one or the other.

A Pedagogy

Another way that hybrid learning is defined – especially in relation to blended learning – is that it is a pedagogy or teaching strategy more than a set of processes or procedures. As such, it represents an ideology that provides the scaffolding for a wide variety of teaching strategies that fall under the umbrella of blended learning.

BLENDED LEARNING DESCRIBES A PROCESS OR PRACTICE, WHEREAS HYBRID PEDAGOGY IS A METHODOLOGICAL APPROACH THAT HELPS DEFINE A SERIES OF VARIED PROCESSES AND PRACTICES. BLENDED LEARNING IS TACTICAL, WHEREAS HYBRID PEDAGOGY IS STRATEGIC.

On a Spectrum

Some sources see hybrid learning as a point along a spectrum of technological adoption. The spectrum that this definition follows usually follows these main points:
  • Face-to-face only lessons that only rely on traditional teaching methods. These methods may incorporate some technology, but it will be primarily devices installed in a physical classroom.
  • Blended learning is a model that uses online learning to supplement in-class teaching, but it still focuses primarily on teachers and students being physically present for the majority of the teaching time.
  • Hybrid learning describes an educational model in which students spend at least half of their time learning online and the rest of their time learning in physical classrooms (according to this interpretation).
  • Online only is just what it sounds like: a course that is entirely online.

Hybrid Learning as a Synonym

To matters even more confusing, many reputable organizations ranging from the Online Learning Consortium to the United States Department of Education treat blended learning and hybrid learning as the same thing.


How Is Hybrid Learning Different from Blended Learning?

With all the confusion over the definition of hybrid learning and its relationship to blended learning, it’s important to establish how they are unique. And while some experts view them as synonymous or equivalent in other ways, our understanding is a matter of scope.

Blended learning encompasses all education that integrates digital technologies, especially web-based learning tools. Hybrid learning refers specifically to synchronous lessons that are taught live and remotely at the same time.

This means that hybrid learning is a part of blended learning as an over-arching topic that also includes methodologies like flipped classrooms and SCALE-UP. In other words, all hybrid learning is blended learning, but not all blended learning is hybrid learning.


Why Is Hybrid Learning Important?

Hybrid learning as we mean it – synchronous learning both live and online simultaneously – will be part of the emerging landscape of education. As a result of the COVID-19 pandemic, educators have realized that a certain amount of flexibility is required both during the current situation and onward into the future.
While in-person teaching will remain an essential part of education for the foreseeable future, we now see the need to open up multiple channels to respond to not just extreme conditions like a global disaster but the day-to-day interruptions of effective education. Hybrid teaching not only makes learning more accessible to the differently-abled, but it also allows educators to reach remote areas, helps students stay connected during long absences, and familiarizes both educators and learners with the latest communication technologies.

Final Thoughts

Hybrid learning will be part of a holistic education approach as EdTech and educational best practices continue to grow and evolve. While hybrid learning – and more broadly blended learning – have been emergency measures in the past, they are likely to become mainstays of teaching and learning in the years to come.
However, given how recently hybrid learning has burst onto the scene, it is understandably still difficult to pin down exactly what it means. ViewSonic hopes to use its role as an EdTech leader to help guide the conversation and make hybrid learning more clearly defined: synchronous education taught in-person and online simultaneously.
But we are also part of the larger whole of learners, educators, and institutions and are happy just to contribute to the growth of new and exciting teaching methods under whatever name they are ultimately called.
If you still have unanswered questions, learn more about distance learning.

Adapted from: https://www.viewsonic.com/library/education/what-is-hybrid-learning/. Accessed on February 25, 2021.

HYBRID TEACHING - ESTADÃO

Educação do futuro será
personalizada e híbrida


ESTADÃO
13.out.2014


Computadores e tablets estarão mais presentes na vida de professores e estudantes do que lousas e apostilas. Até 2030, a maior parte do ensino será personalizada, ou seja, vai acompanhar o ritmo e os interesses de cada aluno. Aulas online serão mais importantes do que as presenciais. Essas são apostas para a educação do futuro de 645 especialistas ouvidos por pesquisa do World Innovation Summit for Education (Wise), da Fundação Catar.

O levantamento, que será lançado nesta semana e foi obtido com exclusividade pelo Estado, reuniu opiniões de experts de todos os continentes. No estudo, 93% dos pesquisadores apontam que a inovação - social, tecnológica e pedagógica - será a chave para o avanço educacional nos próximos anos, com mudanças estruturais significativas no papel do governo, da escola, dos professores e dos alunos.

Na educação do futuro, as escolas terão formatos híbridos, usando plataformas online e espaços físicos onde ocorram as interações sociais entre estudantes. O professor, nesse modelo, deixará de ser peça central na aprendizagem para se tornar o mediador do processo de aquisição de conhecimento, segundo 73% dos especialistas.

A tecnologia será fundamental, mas apenas distribuir os aparelhos não basta, destaca o trabalho. Para serem incorporados, os dispositivos deverão ter propósitos claros para melhorar o ensino.

No Brasil, experiências inovadoras de ensino, que enfocam a educação personalizada e o professor como tutor, já estão sendo aplicadas, tanto nas redes particulares quanto públicas. O problema, contudo, é reproduzir esses modelos - ainda pontuais - em larga escala, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estado. Entre os desafios, estão a fragmentação das políticas educacionais, a falta de estrutura e a dificuldade para que os professores, na maioria formados na perspectiva mais tradicional, se adaptem às constantes transformações.

Entre as previsões feitas pelo Wise, está a predominância, no futuro, das competências socioemocionais, que envolvem questões pessoais e interpessoais, como responsabilidade e estabilidade emocional, por exemplo. Segundo os especialistas, a intimidade com cálculos ou memorização de datas históricas dizem pouco sobre o aluno.

A maioria também não acredita que todos devam aprender os mesmos conteúdos ao mesmo tempo. 83% deles afirmam que o currículo terá parâmetros básicos, mas será moldado de acordo com o perfil e o ritmo de progressão de cada estudante.

Além dos livros. Um dos exemplos brasileiros de foco nas competências socioemocionais é o Colégio Estadual Chico Anysio, no Rio de Janeiro. A unidade, inaugurada em 2013, faz parte de um projeto da Secretaria de Educação fluminense e o Instituto Ayrton Senna. A escola tem jornada integral no ensino médio, mas sem conteúdo profissionalizante. Os eixos da formação envolvem trabalho, convívio, aprendizagem e autonomia.

"Temos projetos de pesquisa, em que somos protagonistas", conta Anna Beatriz Figueiredo, de 17 anos, aluna do 2º ano do ensino médio do Chico Anysio. A jovem, que antes estudava em um colégio público convencional, percebe a diferença entre os modelos. "Antes, eu estava em uma condição passiva, sem muita voz", lembra.

De acordo com Anna Beatriz, o trabalho com essas habilidades ajuda tanto nas disciplinas básicas quanto fora da escola. "Essa bagagem se reflete na forma como lidamos com as críticas e os desafios", diz ela, que está no colégio desde o ano passado. "Meus pais perceberam a diferença na minha postura".

Willmann Costa, diretor da unidade, explica que o objetivo é interligar os conhecimentos e desfazer as barreiras entre professores e alunos. "É um modelo de currículo atrativo, mais próximo da juventude", destaca.

Âncora. O modelo menos conteudista também é adotado no Projeto Âncora, que tem uma escola localizada em Cotia, na Grande São Paulo. Com turmas mistas, compostas por crianças e adolescentes de várias idades, a proposta da instituição é que os estudantes aprendam uns com os outros.

Na escola, o currículo não é engessado, mas formatado a partir do interesse dos estudantes. "Cada um aprende no seu ritmo. Não preciso aprender ao mesmo tempo que o meu colega", afirma a aluna Giulia Jacobete, de 14 anos.

Fabio Zsigmond, educador e diretor do projeto explica que os alunos aprendem os conteúdos curriculares enquanto desenvolvem seus projetos. “O aluno se planeja para desenvolver o que ele tem interesse, como um livro, por exemplo. E a partir daí ele aprende os objetivos curriculares”, explica. “Não é de forma cronológica, separado por disciplina e alunos por idade, mas de uma forma orgânica.”

No Âncora, o professor é um mediador do caminho de aprendizagem do aluno. “Não é necessário ele ficar falando sobre um conhecimento que já está disponível nos livros ou na internet”, afirma Zsigmond. “É mais produtivo ele propiciar uma discussão e fazer uma reflexão.”

Desafio será ampliar ações, diz especialista

O desafio para o Brasil no futuro será replicar em todo o sistema educacional as experiências inovadoras de ensino, ainda muito concentradas em poucas escolas, segundo especialistas ouvidos pelo Estado.

Entre os gargalos no sistema brasileiro estão a fragmentação das políticas educacionais (divididas entre União, Estados e municípios), a falta de estrutura das redes e a dificuldade para que os professores, na maioria formados na perspectiva tradicional, adaptem-se às constantes transformações.

"Ter um ensino personalizado significa levar em conta que instrumentos culturais fazem parte do mundo dos alunos e trazer essa forma para dentro da escola. Não adianta impor um modelo de ensino instrutivo (professores ditando as matérias) para um aluno que vive nas redes sociais", explica Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ela explica que o Brasil não conseguirá inovar na educação antes de rever como os professores são formados. "Não vamos mudar só com formação continuada, que é o que as redes estão fazendo. Tem de mexer na formação inicial dos professores, nas licenciaturas", diz.

Nelson Pretto, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, afirma que as escolas terão de acompanhar as demandas do mundo contemporâneo. "Escola e juventude não podem ser simplesmente consumidoras de informações, mas produtores de conhecimentos", defende. Para ele, as tecnologias terão cada vez mais destaque. "A educação do futuro será um grande laboratório hacker, com produção de materiais multimídia o tempo todo."

BRITISH COUNCIL BRASIL

SITES E APLICATIVOS LEARNENGLISH



O British Council oferece uma série de materiais de aprendizado de inglês gratuitos em seus sites, além de aplicativos para celular e tablet. Os conteúdos estão disponíveis apenas em inglês e complementam seus estudos com jogos, vídeos e áudios, entre outras atividades. Veja nossa seleção:

Podcasts

O LearnEnglish Podcast é um aplicativo de celular do British Council que é perfeito para quem deseja praticar as habilidades de listening em inglês. Ao instalar o aplicativo em seu celular, é possível ter acesso a um podcast com episódios que contém diálogos sobre assuntos variados do cotidiano. Cada episódio foi gravado por falantes nativos de inglês britânico que conversam sobre tópicos simples, como suas celebridades favoritas e seus planos para o final de semana.
Ao todo, o LearnEnglish Podcast possui mais de 60 episódios, englobando quase 20 horas de áudio, que podem ser baixados em seu celular. Além dos áudios, o aplicativo possui também a transcrição das falas e exercícios de compreensão para cada um dos episódios, assim é possível verificar o entendimento dos diálogos.
O LearnEnglish Podcast está disponível gratuitamente na Google Play Store (Android) e na App Store (iOS).

Jogos

Você pode aprender inglês enquanto se diverte. Encontre jogos para todos os gostos que poderão ajudá-lo a praticar seu inglês ou simplesmente se divertir. Há também centenas de tirinhas ilustradas para você aproveitar e desenvolver suas habilidades em inglês.
Website LearnEnglish: Jogos

Vídeos

Temos diversos materiais em vídeo para a prática do idioma. Os materiais incluem uma radionovela, programas de TV sobre ensino de inglês produzidos em parceria com a BBC e vídeos que mostram como dizer coisas corretamente em situações bastante diferentes.
Website LearnEnglish: Habilidades

Aplicativos para celular e tablet

Desenvolvemos uma ampla variedade de aplicativos para celular para o aprendizado de inglês para diferentes dispositivos móveis. Os aplicativos incluem podcasts, uma novela, testes, jogos e exercícios para ajudá-lo a aprimorar sua gramática, seu vocabulário e sua pronúncia em língua inglesa.
Website LearnEnglish: Aplicativos

LearnEnglish para crianças

O LearnEnglish Kids é um website educacional para crianças de 5 a 12 anos que estão aprendendo inglês. Nele você encontra vocabulário online e jogos de gramática, canções, histórias, vídeos e diversas atividades que focam no desenvolvimento da alfabetização. O LearnEnglish Kids é dirigido também a professores, com centenas de recursos gratuitos para imprimir, e uma seção de apoio para pais que desejam ajudar seus filhos a aprender inglês fora da sala de aula.
Website LearnEnglish Kids

LearnEnglish para adolescentes

Voltado para adolescentes entre 13 e 17 anos de idade, o LearnEnglish Teens oferece recursos para auxiliar o aprendizado de inglês de pessoas nessa faixa etária. Ele contém dicas para exames de proficiência como o IELTS, complementos para estudos relacionados a gramática e vocabulário, bem como vídeos e jogos.
Website LearnEnglish Teens

LearnEnglish para adultos

Você pode aprender inglês on-line com o website gratuito do British Council para adultos. O site contém centenas de páginas de conteúdo de áudio, texto e vídeo e mais de 2 mil exercícios interativos. Você pode se inscrever para enviar comentários, interagir com outros usuários e baixar recursos gratuitos.
Website LearnEnglish

Inglês para negócios

Você já fala inglês, mas gostaria de melhorar seu conhecimento no idioma com foco específico para negócios? Tem dúvidas se o seu inglês é realmente satisfatório para o mercado de trabalho? Gostaria de se candidatar a empregos que exigem fluência em inglês? Temos os recursos certos para ajudá-lo!
Website LearnEnglish: Negócios e Trabalho

Inglês e futebol

Se você está aprendendo inglês e se interessa por futebol, o Premier Skills English pode ajudá-lo a aprimorar suas habilidades no idioma enquanto aprende sobre os clubes e jogadores da Premier League. Você pode também saber mais sobre as partidas e as regras da Premier League, e se divertir com jogos e questionários.
Website Premier Skills English


Disponível em: https://www.britishcouncil.org.br/aprenda-ingles/sites-aplicativos. Acesso em: 25.fev.2021.

Wednesday, February 24, 2021

ESL TEACHING & QUIET STUDENTS

7 Things Your Quiet ESL Students
Are Not Telling You


CLAUDIA PESCE


Isn’t it great when we have ESL students who are very vocal about their needs?

They arrive to their first day of class, tell you all about their English-learning background and describe what they hope to accomplish. When they don’t understand, they tell you. If you’re going too fast, they ask you to slow down. If only all ESL students were like that…

By contrast, we are sometimes met with a quiet room full of blank stares. How do you know what’s going on in their heads if they don’t say anything? If you have students who are too quiet, chances are there is something they are not telling you, which you’ll need to find out – fast!

Important Things Your Students Are Not Telling You:

1) I’m hearing too many new words.

Do you give your students long lists of vocabulary words or do you introduce new vocab in digestible sets of five to six words? When you give them instructions, do you use words they may not understand? Students who are too shy or don’t want to be disrespectful may not tell you they did not understand half of what you said or the story you read. Make sure you introduce new vocabulary as appropriate, i.e. before reading a story or giving instructions for a new task. Check for comprehension of the new words, and only then proceed with the task.

2) It’s too hard for me to do this on my own. Can I work with a classmate?

Some students are overwhelmed by an exercise or task, and would feel much more comfortable working with another student. Don’t underestimate the value of pair work or team work. Lots of students enjoy it and thrive in this type of task. Of course, not all tasks should be completed in pairs or teams. But they shouldn’t have to do everything on their own, either.

3) Please don’t put me on the spot.

Some students love being in the spotlight, the center of attention. Others would prefer to blend into the wallpaper. If you believe a student in particular is having a hard time with an exercise or task, or if they can’t answer a question, don’t insist in front of the entire class. Check back with the student at the end of class to make sure he/she understood.

4) Please, be patient with me. I’m trying my best.

You’ve probably seen this happen. A student says he/she does not understand something, and you explain. The student still does not understand, so you re-phrase and try again. The student still does not understand. Under no circumstances must we lose our patience. You try by all means possible to help the student grasp whatever it is he or she is having trouble grasping, and if they still don’t, you set a moment to talk about it, perhaps after class.

5) I need some time to think before I answer.

Some people don’t like long silences or pauses, and ESL teachers are no different. But sometimes students don’t answer questions as quickly as we’d like them to. The question dangles in the air, and if the student takes too long, we either answer it ourselves or ask another student to do it. Some students need time to think. Give them a few extra seconds, and then perhaps a clue or a nudge to steer them in the right direction.

6) I don’t care about “Mr. Smith” from the book. This is boring!

Nine out of ten times when students are bored, they are bored with the coursebook. But they might not tell you that. They are not interested in some fictional character’s conversations with his boss or family. Though we should use a coursebook in class, sometimes it’s best to adjust it and adapt it to better suit our students’ interests.

7) I don’t understand your handwriting.

Students take forever to copy from the board and whisper amongst themselves while they do so. You don’t know that what they are whispering is, “What does question number 2 say?” Some students struggle with your handwriting, but they won’t tell you that. Instead of guessing, it’s far easier to just ask, “Is my writing clear? Let me know if you can read it all.” Try switching from cursive to print handwriting. For longer exercises, you might want to consider giving them copies – it certainly saves time.

Let’s bear in mind that cultural differences may come into play. In some cultures students are taught to respect their teacher, and they don’t want to offend. In others, it is not accustomed for students to make eye contact with their instructor.
Students are also different throughout the world. Some are naturally talkative; others are timid and shy. Whatever the reason for your students keeping quiet, just make sure it’s not due to the ones mentioned above!

Glory to God in the highest!

“GLORY TO GOD” DAVID HAAS Glory to God in the highest Sing glory to God Glory to God in the highest And peace to His people on earth Glory t...