Thursday, March 11, 2021

ENGLISH AND BRAZILIANS

Por que os brasileiros são tão ruins no INGLÊS?




Não raro encontramos declarações de estrangeiros que moram ou moraram no Brasil, ou mesmo de brasileiros, fluentes em inglês, que possuam a mesma seguinte opinião: o nível do inglês do brasileiro é muito baixo.
A grande questão é: sendo o português um idioma tão complexo, se comparado ao inglês (tido como um dos mais fáceis do mundo para se aprender) por que o brasileiro tem tanta dificuldade em dominá-lo?
Vamos discorrer abaixo alguns motivos e, de quebra, citar algumas estratégias para auxiliá-lo a ficar de fora dessa realidade.

Quais são os principais motivos do brasileiro ser ruim no inglês?

Podemos citar o ensino de idiomas na rede pública (e em muitas escolas regulares da rede privada).
Nosso sistema de ensino é um tanto quanto defasado, ignorando, até mesmo, grandes educadores do próprio Brasil. Em se tratando do ensino de idiomas, o problema agrava-se um pouco mais.
Por estarem presos a um modelo tradicional de estudo, muitos professores veem-se forçados a, apenas, arranhar a superfície do conteúdo, sem aprofundarem-se.
Além disso, é comum não haver uma sequência no conteúdo, a se progredir de um ano para outro.
Logicamente, não podemos generalizar, pois existem iniciativas, ainda que tímidas nas esferas pública e privada para reverter tal paradigma. Porém, o retrato geral é esse.

Escola de idiomas com metodologias defasadas

Também podemos mencionar as escolas tradicionais de idiomas. Nas últimas décadas, ocorreu uma explosão delas, com novas escolas surgindo a cada bairro. Muitas delas, não possuindo uma metodologia forte ou professores capacitados.
Parecia, a quem via de fora, que o maior interesse era o de tirar o dinheiro do aluno, enquanto o ensino ficava relegado ao segundo plano. Novamente, estamos tratando de um panorama geral, excetuando, logicamente, as que tem como ensino a prioridade.
Porém, não podemos, simplesmente, exteriorizar e terceirizar essa responsabilidade. Como citamos acima, existem iniciativas e, até mesmo, projetos consolidados, já em curso visando alterar a situação presente.

Os erros comuns dos brasileiros na hora de aprender inglês

Muitas escolas e muitos professores estão focados na missão de ensinar um segundo idioma aos alunos, para viabilizar uma melhor compreensão do mundo a eles.
Analisando por esse prisma, um dos maiores adversários do brasileiro no aprendizado do inglês, é o próprio brasileiro.
Diferentemente do que muitos acreditam, por conta da nossa baixa autoestima coletiva, não é por que somos piores que os outros. Não tem nenhuma relação com o hábito corriqueiro do brasileiro procrastinar e, por consequência, entregar um trabalho medíocre ou que não gere significado para o mesmo.
Tampouco, com a lenda de que o brasileiro tem preguiça de estudar. Temos, de fato, um índice de leitura baixíssimo, porém, qualquer ser humano dedicado consegue reverter isso com dedicação e técnica.
É aqui que devemos nos focar. Na técnica. Como dito logo acima, com a técnica correta, foco e dedicação, é possível adquirir qualquer conhecimento.
O mesmo vale para o ensino de de idiomas. Porém, a forma como o brasileiro estuda o inglês está errada. E isso, invariavelmente, leva a um nível precário do idioma.

O que o brasileiro pode fazer para mudar o seu aprendizado de inglês?

Os principais pontos de mudança quando tratamos disso, são:

– Ter um foco no aprendizado do idioma

Ter por objetivo a pronúncia e conversação do idioma igual a um falante nativo. Em especial um nativo americano ou inglês. Sabemos que isso é impossível. A língua não é algo que fica numa redoma, incólume. Ela sofre mudanças e adaptações, de acordo com o ambiente onde está inserida. Ela é bem plástica, como um organismo vivo.
Não raro, vemos alunos que, quando, vão ingressar em um curso, perguntam se o inglês ensinado na instituição é americano ou britânico. Isso advém do desejo de se falar como tal. Mesmo que a escola tenha um método mais esclarecido, que não se atenha a essa pronúncia tida como “pura”, o aluno não terá sucesso no curso.
Tudo isso pois ele não está alinhado com seus desejos, logo de início. Devemos ter em mente que o inglês é o segundo idioma de quase todas as pessoas, logo é usado em todo o planeta. A maioria dos cursos está alinhado com essa necessidade. O que faz o inglês ensinado nas escolas um inglês para conversação internacional.
Logicamente, existem peculiaridades de um outro lugar e estão são tratadas no decorrer das aulas sem, contudo, serem o foco principal. O importante é passar a mensagem, sem ater-se se o aluno usa trash ou rubbish, por exemplo.

– Aprender o segundo idioma como se aprendeu o primeiro idioma

Desejo de se falar uma gramática perfeita, sem erros. Por conta de termos uma gramática complexa, manifestamos a vontade de ter um domínio perfeito da mesma em todos os idiomas.
Porém, nos esquecemos que, mesmo com o português, não aprendemos o idioma dessa maneira. Primeiro, ouvimos, depois repetimos. Primeiro, adquirimos vocabulário e habilidade de conversação para, em seguida, aprendermos os mecanismos da língua. Com qualquer idioma é assim.
A gramática surge para explicar como funciona uma língua, não como um molde onde ela deve se encaixar.

O problema entre gramática e oralidade – o idioma e suas regras

Quanto à gramática, temos dois problemas principais.
Primeiramente, o brasileiro pode ter um certo receio em aprender o inglês, por não achar-se preparado para tal. Ele crê que só conseguirá falar o idioma quando estiver em um nível próximo à perfeição no próprio idioma. Essa missão torna-se ingrata, se levarmos em conta que não é possível alcançá-la.
O objetivo de todo idioma, seja ele desenvolvido naturalmente ou criado artificialmente, é a comunicação. Se você não domina todas as regras gramaticais ou sabe diferenciar todos os recursos de linguagem, mas passa a mensagem, você sabe falar um idioma.
Nós só temos um conhecimento razoável da estrutura do português, quando encerramos a educação básica. Nem por isso, deixamos de nos comunicar naturalmente.
Na outra ponta, temos o brasileiro que domina bem as estruturas gramaticais no português e deseja fazer o mesmo no inglês, focando seus estudos neste ponto. Não se sentirá confiante para falar o inglês até, digamos, o nível avançado. Sendo que, o recomendável é que se inicie a conversação desde o início. Pior, construirá todo o seu conhecimento em inglês, tentando encaixá-lo no “molde” do português.
Lembrando que a gramática não é um molde e sim um estudo do idioma. Nesses casos, podemos ver vários problemas clássicos. O aluno traduz, mentalmente as frases ou constrói frases, em inglês, simplesmente, trocando as palavras que falaria no português.
Por vezes, a culpa não é, exclusiva do aluno. Ele pode estar inserido em um ambiente onde é introjetado nele que o modelo acima descrito é o correto. Às vezes, o único. Ele é obrigado a decorar regras e mais regras gramaticais. E seu vocabulário consiste em aprender palavras isoladas, sem um contexto muito claro.
Esse é um modelo arcaico, que resiste, fortemente, ao progresso. O problema é que impede muitos alunos de progredirem também.
Nesse caso, nada melhor que apresentar um método mais atual e, por que não dizer, mais correto de se aprender inglês. Esse é o Método da Universidade de Harvard. Com ele, é possível chegar à fluência com apenas oito semanas de curso. E o melhor, você pode estudar sozinho. Na verdade, como o ritmo é ditado pelo aluno, o ideal é estudar sozinho mesmo.

Língua materna versus segunda língua – dicas para melhorar seu aprendizado

Primeiramente, você deve entender que todos os idiomas são aprendidos da mesma forma. Primeiro, você ouve, depois, você fala, em seguida, aprende a ler. Só depois, você escreve no idioma.
Foi assim que você aprendeu português, certo? Quanto à gramática, ela vem da mesma forma: você a entende, enquanto aprende o idioma, de forma natural.
Outro ponto importante é que você não deve ter um vocabulário de palavras, mas sim de frase. Não estamos falando de se comunicar somente com frases feitas. Talvez, no início, você acabe lançando mão desse recurso, mas isso é temporário. Você deve entender as frases em seu contexto dentro da conversa e isso o levará a entender as palavras através do contexto também.
Para melhorar sua capacidade de ouvir, você tem a possibilidade de recorrer a áudios. No início, procure por textos curtos e audiobooks. Eles tem uma vantagem, pois você pode pode recorrer ao texto escrito como material de apoio. Procure, no entanto, repetir o texto, em conjunto com o narrador, uma ou duas vezes, antes de lê-lo.
Também é possível usar o método de shadowing. Este é um dos exercícios mais completos. Porém, é mais recomendável para áudios curtos. Você deve ouvir o áudio e, na segunda vez que tocá-lo, assim como no exercício anterior, falá-lo, juntamente ao narrador.
No entanto, em lugar de ler a transcrição do áudio, você deve escrever o que está sendo falado. Muito provavelmente, você vai precisar ouvir algumas vezes para completar essa parte. Com o texto em mãos, fica mais fácil acompanhar o áudio (e, de quebra, você já treinou sua escrita).
Você deve repetir esse exercício de acompanhar o narrador até que não precise mais consultar o que escreveu. Assim você terá memorizado várias frases, inseridas num contexto, e aumentado, em muito seu vocabulário.
Por fim, nunca se esqueça que as chaves para o sucesso são a dedicação e a motivação. Você deve manter um ritmo constante de estudos (diários, se possível). E, além do mais, deve integrar assuntos de seu interesse no aprendizado de inglês.
Afinal, adquirir um conhecimento em um novo idioma deve ser algo prazeroso. Caso contrário, você pode se ver desmotivado e tentado a abandonar sua jornada. Por isso, é necessário integrar o inglês em sua vida. E não custa nada revisar os conteúdos mais difíceis de vez em quando.

Adaptado de: http://benditoingles.com.br/brasileiros-sao-tao-ruins-no-ingles. Acesso em: 11.mar.2021.

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