Wednesday, August 5, 2020

ENGLISH - BNCC

O QUE A BNCC PROPÕE PARA O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA?

Base considera o contexto social e político do Inglês, e a língua como uma ferramenta de comunicação em um mundo globalizado (RITA TREVISAN)

English Language Courses in the UK and US | INTO

De língua estrangeira para língua franca: na Base, essa é uma mudança de conceito importante para o ensino do Inglês. O que isso significa? Língua franca é a língua que várias pessoas, que falam idiomas diferentes, adotam para se comunicarem entre si. Nesse sentido, a BNCC legitima o Inglês, não só como a língua falada em países como nos Estados Unidos ou na Inglaterra, mas como uma oportunidade de acesso ao mundo globalizado. Com esse conhecimento, todos os jovens e crianças podem exercer a cidadania e ampliar suas possibilidades de interação nos mais diversos contextos.
Nessa perspectiva de língua franca, o Inglês deixa de ser apenas dos falantes nativos (onde é ensinada como língua materna), e passa a ser uma língua que varia, com diferentes contextos, que dependem do lugar onde é falada. Esse fator favorece o ensino da língua inglesa com mais interculturalidade. 

"Nessa proposta, a língua inglesa não é mais aquela do 'estrangeiro', oriundo de países hegemônicos, cujos falantes servem de modelo a ser seguido, nem tampouco trata-se de uma variante da língua inglesa. Nessa perspectiva, são acolhidos e legitimados os usos que dela fazem falantes espalhados no mundo inteiro, com diferentes repertórios linguísticos e culturais, o que possibilita, por exemplo, questionar a visão de que o único inglês 'correto' – e a ser ensinado – é aquele falado por estadunidenses ou britânicos" (BNCC, p. 241)

O novo status de língua franca implica em deslocar a língua de um modelo ideal de falante para um modelo mais real, considerando suas diferenças culturais e as variações linguísticas decorrentes das situações de uso e das comunidades que a falam. A proposta da BNCC é a de reconhecer os diversos repertórios linguísticos presentes em sala de aula e fora dela, ampliando as noções do que vem a ser "certo" e "errado" no uso da língua.
Essa concepção muda de forma estratégica a maneira de entender o componente e, principalmente, de como o inglês deve ser ensinado em aula. Alexandre Badim, coordenador do Centro de Línguas da Universidade Federal de Goiás, ajuda a elucidar as principais alterações trazidas pelo novo documento. (Continua AQUI.)

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